domingo, 5 de abril de 2009

Jesus Cristo e as Pessoas com Deficiência
A origem das deficiências na Judéia
Se analisarmos com cuidado os Evangelhos narrados por 4 diferentes autores (Mateus, Marcos, Lucas e João) verificaremos que havia uma crença bastante arraigada no povo judeu daquelas épocas, de que a maioria dos males que afetavam os seres humanos era conseqüência da interferência de maus espíritos ou de um desconhecido sistema de pagamento por pecados antigos.
Na verdade, estudiosos dos usos e costumes antigos dos povos do Oriente Médio indicam que a medicina contida tanto nos Evangelhos quanto nos Atos dos Apóstolos aceitava três tipos de causas para as muitas limitações e deficiências: o castigo pelos pecados, a interferência direta dos maus espíritos e as forças más da natureza, contra as quais apenas o poder divino era o único remédio.
Claro que as narrativas foram preparadas por autores da época, para a pouco culta população da época.

Alguns dos milagres relatados
Lucas, o evangelista médico, narra o seguinte: "E eis que veio uma mulher que estava possessa de um espírito que a tinha doente há 18 anos; e andava encurvada e não podia absolutamente olhar para cima". Na mesma passagem ele coloca as seguintes palavras na boca de Jesus: "Mulher, estás livre de tua enfermidade". Não fala em demônios ou em maus espíritos, mas em "enfermidade".
Mas, como vimos, a crença generalizada enfatizava sempre o demônio ou os maus espíritos. Vejamos o que diz Mateus: "E tendo-se estes retirado, apresentaram-lhe um homem mudo, possesso pelo demônio. E, expulso o demônio, falou o mudo"...

O destino das pessoas com deficiência
Na Judéia antiga, dos tempos de Jesus Cristo, o destino das pessoas que tinham qualquer deficiência era esmolar para conseguir sobreviver. Os cegos, os amputados,os paralíticos pelas mais variadas causas, acabavam expostos pelos caminhos, ruas, logradouros e praças públicas. Lucas afirma: "Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade e traze cá os pobres e os aleijados, e cegos e coxos." Mateus corrobora a imagem ao afirmar: "E eis que dois cegos que estavam sentados junto à estrada"...
Evidentemente naquela época o transporte ou a simples movimentação de pessoas mais seriamente deficientes representava um grande problema. Podemos até imaginar a aflição de parentes e amigos dessas pessoas ao saber da existência de um rabino miraculoso nos arredores. Marcos conta que "foram ter com ele conduzindo um paralítico que era transportado por quatro. E como não pudessem apresentá-lo por causa da multidão, descobriram o teto pela parte debaixo da qual Jesus estava e, tendo feito uma abertura, arriaram o leito em que jazia o paralítico".

A piscina probática
Em Jerusalém dos tempos de Jesus Cristo havia, bem ao lado do templo, um tanque ou piscina que era destinada à purificação dos animais que seriam sacrificados. Era conhecida como "piscina probática" (do grego probaticon), ou seja, relativa a carneiro ou a ovinos em geral. Na língua hebraica era conhecida como "Betsaida". Às suas bordas, a despeito dos objetivos principais, mantinha-se elevado número de enfermos, aleijados e paralíticos, porque, segundo todos acreditavam, várias vezes ao dia um anjo de Deus ali descia para "movimentar as águas". Era, como sepode bem imaginar, um momento muito esperado etenso, pois, apenas o primeiro que ali se banhasse teria seus males curados.
Foi exatamente nesse ambiente que Jesus realizou um de seus famosos milagres, beneficiando um homem paralítico há 38 anos e que nunca havia conseguido ser o primeiro a chegar às águas de Betsaida, por não ter pessoa alguma que o ajudasse.

Outros milagres de Jesus
Segundo os relatos dos evangelistas, Jesus realizou ao redor de 40 milagres notórios. Deles todos, pelo menos 21 são relacionados a pessoas com os mais variados tipos de deficiências físicas ou sensoriais e doenças crônicas.
O Mendigo Cego de Jericó
O Mendigo Cego de Jericó
(Mc10.49-50)

O Mendigo Cego de Jericó
(Mc10.49-50)
Estudo - 11
Esse homem é um retrato de como deveria tornar-se alegre todo aquele que busca a Cristo.
No isolamento de suas trevas e de sua profunda pobreza, ele pensou que Jesus era o Filho de Davi. E nisso ele creu.
Embora não enxergasse, fez bom uso de seus ouvidos. Se não temos todos os dons, usemos aqueles que possuímos.

1 - ELE BUSCOU AO SENHOR EM CONDIÇÕES DE DESESTÍMULO
a) - Ninguém estimulou a sua busca.
b) - Muitos se opuseram a seus esforços. (¨Muitos o repreendiam, para que se calasse¨) vs 48
c) - Não passava de um mendigo cego, e só isso era o bastante para muitos desistirem.

2 - INSISTIU EM BUSCÁ-LO
a) - Ele levantou-se. Esperançosamente abandonou sua postura de mendigo.
b) - Lançou de si a capa e todo impedimento. Nada pode nos impedir de ir a Cristo.
c) - Foi a Jesus. Na escuridão da sua cegueira, seguiu a voz do Salvador.
d) - Expôs seu problema. ¨Mestre, que eu torne a ver...¨ .
e) - Recebeu a salvação. Jesus lhe disse:¨ A tua fé te salvou¨ Obteve visão perfeita; e em todos os sentidos ficou em perfeita saúde.

3 - TENDO ACHADO, SEGUÍU-O
a) - Usou a visão que recebera para seguir Jesus.
b) - Tornou-se discípulo de Jesus (vs 52)

CONCLUSÃO
- Convide o visitante a ir ao encontro de Jesus. Desafie-o a deixar a capa do pecado e dos problemas assumindo uma nova postura diante da sua realidade espiritual.
- Convide-o a ser um discípulo de Jesus.
- Ore por um milagre na vida dele.

===================================================


13-Jun-2007
QUE QUERES QUE EU TE FAÇA?


Há muitas pessoas que vivem orando, pedindo, suplicando e nada acontece. Fazem como Jesus ensinou: pedem, batem e buscam, mas não recebem. O que será que está errado? Teria o Senhor Jesus se equivocado? Claro que não. Se Jesus disse que os que pedem, batem e buscam recebem é por que isso faz sentido.

A narrativa dos evangelhos sobre o cego de Jericó nos ensina muito a respeito do pedir. Vejamos alguns passos que esse cego deu até que ele recebesse a visão restaurada. Primeiramente ele tomou conhecimento de que havia um homem chamado Jesus natural de Nazaré que estava fazendo milagres e curas. Ao tomar conhecimento desse fato ele relacionou essa pessoa ao Messias filho de Davi, que conforme as profecias haveria de vir para salvar o seu povo.

Concomitantemente com o conhecimento do que Jesus estava fazendo, o cego desenvolveu uma fé incubada, conforme Paul Yong Cho relata no seu livro “a quarta dimensão”, isto é, uma fé que foi gerada à medida que o cego conhecia mais sobre Jesus até chegar ao ponto em que estava pronta para se revelar, como de fato se revelou. Creio que foram muitos os dias em que esse cego pensava na oportunidade de chegar perto de Jesus para lhe fazer o seu pedido. De certo falava consigo mesmo, se Jesus passar por aqui eu vou gritar e clamar a Ele.

Também vemos nesse homem a persistência no que queria. As pessoas que ouviam o cego gritar: “Jesus filho de Davi, tem compaixão de mim” o faziam calar a boca, mas cada vez ele gritava mais alto até que Jesus ouvindo a sua voz mandou chamá-lo. Sabia o que queria, não desistiu, continuou gritando e clamando.
Outra coisa que o cego fez, foi focar a necessidade. Ele queria voltar a ver. Quando Jesus lhe pergunta: “que queres que eu te faça?” ele prontamente respondeu sem titubear: “que eu veja”. Jesus responde ao cego de maneira muito serena e tranqüila: “ recupere a tua visão, a tua fé te curou”. O cego não tentou explicar nada mais do que dizer: “quero ver de novo”. Um pedido bem curto sem floreios.

Para o homem receber alguma coisa de Jesus, precisa fazer como o cego de Jericó fez, conhecê-lO. Saber que Jesus como filho de Maria não pode conceder nada, mas como filho de Davi, isto é, filho de Deus aí sim pode dar a vida eterna. Chamar Jesus como o cego o chamou: “Filho de Davi”. É através da Bíblia, a palavra revelada de Deus que o homem toma conhecimento sobre Jesus e os seus feitos.

Ter fé é outro fator indispensável. A palavra diz: “sem fé é impossível agradar a Deus”. Ter fé que gera mais fé. Incubar a fé até o ponto de ela produzir o que se deseja. É necessário dizer como o pai de uma criança que estava tomada pelo diabo, disse a Jesus: “eu creio, ajuda-me na minha falta de fé”. Visualizar, imaginar e sentir como se já tivesse obtido o que deseja que Deus faça. Crer que o Espírito Santo de Deus aquele que pairava sobre as águas é o mesmo que atua na resposta à oração.

Finalmente, deve ser específico o mais possível quando pedir. Quando se pede a benção de maneira generalizada não se poderá ver com nitidez a resposta divina. Todavia, quando se pede de maneira objetiva, como o cego de Jericó, assim poderá ter uma resposta bem específica. Ele queria voltar a ver, com certeza que ele pensava, imaginava e até sentia como seria ver de novo. Poderia ver os seus parentes, ver o rosto de cada um, ver o céu cheio de estrelas, o sol, as florestas e tudo mais.

Ainda hoje, Jesus está a perguntar: “que queres que eu te faça?”. Não sei qual a sua necessidade, mas de uma coisa sei, se pedir com fé e crendo, com certeza Ele vai lhe atender. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Peça, clame, busque e bata dizendo: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim”. Com certeza Ele fará com você o que fez com o cego de Jericó, terá misericórdia, pois as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, elas se renovam a cada manhã.
Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia. Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré, que passa.” Ele então exclamou: “ Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe: “Que queres que eu faça?” Respondeu ele: “Senhor, que eu veja.” Jesus lhe disse: “Vê! Tua fé te salvou.” E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isso tudo o povo deu glória a Deus. (Luc 18,35-43).
Nós precisamos ter a graça de fazer a experiência que fez esse cego de Jericó. Jericó, a cidade mais antiga da terra, a cidade que ainda existe até hoje. Jericó fica situado entre Jerusalém, a Judéia e a Galiléia, é aquele lugar perigoso, onde machucaram aquele homem que foi socorrido pelo bom samaritano. É também a cidade de Zaqueu, e esse episódio precede o grande encontro de Jesus com o Zaqueu, e olhando para esse episódio, a cura desse cego de Jericó, eu vejo aqui um programa de vida para todos nós, que nos propõe uma dinamicidade progressiva da nossa experiência de Deus, do entusiasmo inicial é preciso chegar a experiência da fé que vem pela provação. Significa que a fé é dinâmica, que fé é dar passos concretos. Nesse texto, nós vemos três momentos: O cego ouve falar em Jesus, ele começa escutar um burburinho aí vem a curiosidade: “Que barulho é esse?”. Esse é o primeiro estágio, o estágio da curiosidade. O estágio do “oba-oba”, das pessoas que gostam de ir só pelo aspecto da festa, daqueles que ficam na superfície, daqueles que não deixam o fogo purificar e querem deixar baixar a poeira dos problemas para ficar lá no fundo do coração.
Bartimeu
Chegaram a Jericó. E, ao partirem de Jericó Ele e os discípulos e uma grande multidão, estava Bartimeu, filho de Timeu, cego e mendigo, sentado à beira da estrada. Ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: Filho de David, Jesus, tem compaixão de mim (Mc 10, 46-47).

«Aconselho-vos a meditar com vagar sobre as circunstâncias que precedem o prodígio, a fim de que conserveis bem gravada na vossa mente uma ideia muito nítida: como os nossos pobres corações são diferentes do Coração misericordioso de Jesus! Isto ser-vos-á sempre muito útil, de modo especial na hora da prova, da tentação, e também na hora da resposta generosa nos pequenos afazeres do dia-a-dia ou nas ocasiões heróicas.

Muitos repreendiam-no para o fazer calar (Mc 10, 48). Tal como a ti, quando suspeitaste de que Jesus passava a teu lado. Acelerou-se o bater do teu coração e começaste também a clamar, movido por uma íntima inquietação. E amigos, costumes, comodidade, ambiente, todos te aconselharam: cala-te, não grites! Porque é que hás-de chamar por Jesus? Não o incomodes!

Mas o pobre Bartimeu não os ouvia e continuava ainda com mais força: Filho de David, tem piedade de mim. O Senhor que o ouviu desde o começo, deixou-o perseverar na sua oração. Contigo, procede da mesma maneira. Jesus apercebe-se do primeiro apelo da nossa alma, mas espera. Quer que nos convençamos de que precisamos dele; quer que lhe roguemos, que sejamos teimosos, como aquele cego que estava à beira do caminho, à saída de Jericó. (…)

Jesus, parando, mandou chamá-lo. E alguns dos melhores que o rodeiam, dirigem-se ao cego: Tem confiança; levanta-te; Ele chama-te (Mc 10, 49). É a vocação cristã! Mas, na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus. O Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te – diz-nos – e sai da tua preguiça, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos teus problemazinhos sem importância. Desapega-te da terra; estás aí rasteiro, achatado e informe. Ganha altura, peso, volume e visão sobrenatural!

Aquele homem, deitando fora a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus (Mc 10, 50). Atirou a capa! Não sei se estivestes alguma vez na guerra. Há já muitos anos, tive ocasião de andar por um campo de batalha, algumas horas depois de ter acabado a luta. Lá havia, abandonados pelo chão, mantas, cantis e mochilas cheias de recordações de família: cartas, fotografias de pessoas queridas… E não pertenciam aos derrotados, mas aos vitoriosos! Tudo aquilo lhes sobrava para correrem mais depressa e saltarem as trincheiras do inimigo. Tal como acontecia com Bartimeu, para correr atrás de Cristo.

Não te esqueças de que, para chegar até Cristo, é preciso o sacrifício. Deitar fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tens de proceder da mesma maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e de paz, com que procuramos difundir o reinado de Cristo. Para servires a Igreja, o Romano Pontífice e as almas, deves estar disposto a renunciar a tudo o que sobeja; a ficar sem essa manta, que é abrigo para as noites frias, sem essas recordações queridas da família e sem o refrigério da água. Lição de fé, lição de amor, porque é assim que se tem de amar Cristo.

E imediatamente começa um diálogo divino, um diálogo maravilhoso, que comove, que abrasa, porque tu e eu somos agora Bartimeu. Da boca divina de Cristo sai uma pergunta: quid tibi vis faciam? Que queres que te faça? E o cego: Mestre, faz que eu veja (Mc 10, 51). Que coisa mais lógica! E tu, vês? Não te aconteceu já, alguma vez, o mesmo que a esse cego de Jericó? Não posso agora deixar de recordar que, ao meditar nesta passagem há já muitos anos e ao compreender então que Jesus esperava alguma coisa de mim – algo que eu não sabia o que era! – compus para mim, umas jaculatórias: Senhor, que queres? Que me pedes? Pressentia que me procurava para uma realidade nova e o Rabboni, ut videam – Mestre, que eu veja – levou-me a suplicar a Cristo, numa oração contínua: Senhor, que se faça isso que Tu queres. (…)

Mas voltemos à cena que se desenrola à saída de Jericó. Agora é contigo que Cristo fala. Diz-te: que queres de Mim? Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: Vai, a tua fé te salvou. Nesse mesmo instante, começou a ver e seguia-o pelo caminho (Mc 10, 52). Segui-lo pelo caminho. Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanhá-lo pelo caminho. Tu procuras seguir os seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé – fé nessa luz que o Senhor te vai dando – deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo ».
Amigos de Deus, nn. 195-198

Quero compartilhar com vocês muito o que aprendi ouvindo a história do Cego Bartimeu de Jericó (Marcos 10: 46 a 52).

Neste trecho da Palavra de Deus podemos aprender muito sobre esse milagre de Jesus.

Na verdade ali encontramos a história de dois cegos, mas aqui trataremos apenas de Bartimeu.

Jesus ao chegar em Jericó era acompanhado não só por seus discípulos, mas por uma multidão. E sempre multidão é sinônimo de muita movimentação e grande barulho. E lá estava o cego Bartimeu, que nada podia ver mas por ouvir muito bem, com certeza já devida ter ouvido falar de Jesus e seus feitos.

Além de cego, Bartimeu era mendigo e estava assentado à beira do caminho. À beira do caminho é um lugar perigoso para ficar, a mercê de inúmeros perigos. Pense como se você estivesse em uma estrada, e por um problema qualquer tivesse que ficar parado no acostamento por muito tempo. Imaginou a quantidade de perigo que poderia correr nesse local: atropelamento, assalto, violência, entre outros.

Isso nos leva a pensar que devemos sempre nos manter no caminho, sempre seguindo pela estrada que nos levará ao destino desejado.

Na área espiritual esse história no revela que devemos sempre nos manter no “caminho” certo, único e verdadeiro que é Jesus. Só assim alcançaremos as promessas de Deus e teremos a vitória em nossas vidas.

Porém ao caminharmos encontramos diversos Filhos de Deus estacionados, parados à beira do caminho, enfraquecidos pelas lutas e problemas, mendigando oração e favores.

Mas voltemos ao cego Bartimeu e ao dia em que ele alcançou a vitória.

Diferente de Pedro, que pelo Espírito Santo obteve a revelação de que Jesus era o Filho do Deus Altíssimo (Mateus 16:17), Bartimeu ouviu sobre Jesus e seus milagres pelo povo que o rodeava. E ao saber que Jesus o Nazareno passaria por ali, Bartimeu não teve dúvida. Estando tão cansado da vida à beira do caminho resolveu agir, tomar uma atitude de fé e gritou, clamou a Jesus: “Filho de Davi, compadece-te de mim, tende misericórdia de mim.”

E apesar de ser judeu, Bartimeu não se envergonhou por crer em Jesus, e sequer teve medo de quem estivesse ouvindo que ele buscava um milagre das mãos de Jesus. Em seu coração Bartimeu sabia que seu dia havia chegado, que aquela era uma oportunidade única de ter sua vida completamente transformada, e assim não se calou. Pelo contrário, gritou o mais alto que podia para conseguir chamar a atenção do nosso Senhor e único Salvador.

Um grande exemplo para nós, de que não devemos nos calar na presença de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo. Nos cultos, reuniões, vigílias não tenha vergonha de louvar, glorificar, adorar e principalmente de pedir e clamar a Jesus.

Com certeza muitas pessoas mandaram Bartimeu se calar naquele dia, mas ele não quis saber, não deu ouvidos àqueles que não estavam na mesma visão que ele. E com toda sua força clamou por sua benção.

Faça como Bartimeu. Não dê ouvidos aos demais. Não deixe que te impeçam de buscar sua vitória. Ouça somente à voz do Espírito Santo e seja abençoado, para assim poder testemunhar sobre o poder de Deus e de Jesus Cristo na sua vida e abençoar outras vidas também.

O cego Bartimeu não se calou, e fez um apelo quase que desesperado, como alguém que estava em trevas e desejava voltar a ver a luz novamente.

E apesar do barulho da multidão Jesus ouviu sua voz. Ordenou que tudo e todos parassem, e mandou que trouxessem aquele homem do meio da multidão para perto Dele.

Ele também ouve sua voz quando você clama com o coração aberto e sincero. Ele ouve seu clamor quando com ousadia e confiança você enfrenta tudo e todos, somente por crer que Jesus é o único que pode lhe estender a mão e ajudar você a se levantar quando caído à beira do caminho.

Quando a multidão viu que Jesus parou e deu atenção ao mendigo cego, aqueles que tentavam abafar sua voz passaram a agir diferente. Começaram a animá-lo a ir ao encontro de Jesus, pois o Mestre com certeza tinha visto algo diferente nele. E com certeza eles queriam ver até onde Jesus ouve e atende alguém comum como Bartimeu.

É assim que nós temos que agir: gritar, clamar, seguir em frente, levantar a cabeça, jamais parar e desistir. Temos que mostrar aos nosso adversários que com Jesus vencemos tudo e todos. Não tenha medo do inimigo ouvir seus pedidos. Jesus Já o derrotou lá na cruz, e se ele tentar atrapalhar o seu caminhar será novamente envergonhado.

Bartimeu que usava uma capa que na época o identificava como mendigo, não teve dúvida, levantou-se e jogos sua capa longe, simbolizando que estava deixando para trás sua vida miserável e derrotada e foi ao encontro da sua benção, da sua vitória.

Ao chegar perto Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça ?” Mais do que depressa ele respondeu: “Mestre que eu torne a ver.”

Aqui podemos concluir que Bartimeu um dia já havia enxergado, mas que havia perdido a visão em algum momento de sua vida.

Quantos de nós por problemas, lutas e dificuldades já não perdemos nossa visão espiritual, nos tornamos cegos e desviamos do caminho certo que é Jesus ?

Mas façamos como Bartimeu, que não aceitou mais sua condição de estar fora do caminho, numa vida de esmolas, migalhas, opressão, depressão, enfermidade, desprezo e humilhação daqueles que viviam ao seu redor.

Voltemos para o caminho da luz que é Jesus Cristo. Clame a Ele nesse momento para que ouça sua voz, olhe para você e chame-o para seguir em frente com Ele pela estrada da vitória, das promessas de Deus e de bençãos sem medida. Creia que Ele é nosso Salvador, nosso Senhor, Filho do Deus Altíssimo.
Palavra Pastoral
Um mendigo cego recupera a visão - Lc 18:35-42 (24/05/2007)
Ao aproximar-se Jesus de Jericó, um homem cego que estava sentado à beira do caminho pedindo esmolas, ouviu a multidão passando e perguntou o que estava acontecendo. Quando disseram a ele que Jesus de Nazaré estava passando, imediatamente o homem começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!”.
Apesar de terem tentado impedi-lo, ele gritava ainda mais forte: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!”. Jesus ordenou que o homem fosse trazido e perguntou-lhe: “O que queres que eu te faça?”. “Senhor, eu quero ver”, respondeu ele. Jesus lhe disse: “Recupere a visão! A sua fé te curou”.
Bartimeu, esse cego de Jericó, mendigo desprezado, não tinha sequer nome próprio era simplesmente “Bar” (filho de Timeu). Foi informado que Jesus o nazareno passava, Mas em vez de clamar “Jesus, nazareno”, clamou “Jesus, filho de Davi”.
A diferença é que em vez de chamar o Jesus natural, chamou o Jesus sobrenatural. Filho de Davi. Esse é o titulo messiânico do Senhor, o Rei eterno. E mesmo cego Bartimeu viu pela fé que Jesus era o Messias! Bartimeu é o cumprimento vivo da profecia: “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos” (Jo. 9:39).
“Tem Misericórdia de mim”. Enquanto acertou ao chamar Jesus pelo título messiânico, errou ao clamar “tem misericórdia de mim”. Pedir que Deus tenha misericórdia, é o mesmo que pedir, “Oh Deus faça a terra girar”, porque ainda que ninguém peça isto, Ele já faz e vai continuar fazendo. Essa oração já foi atendida há muito tempo, pois Deus é misericordioso por essência, o Senhor sempre tem misericórdia de todos até dos ingratos e maus.
“Que queres que te faça?” É evidente que Jesus sabia o que o cego queria. Então, por que Jesus perguntou? Para ensinar Bartimeu e a todos nós como pedir direito. Ele quer que nossos pedidos sejam claros e objetivos. Que eu veja, esse pedido ainda que estivesse literalmente diante dos olhos, até então não havia sido feito.
“Vê. A tua fé te salvou”. É como se Jesus dissesse: “Ah, Por que você não disse antes?”. Bartimeu teve fé para ser curado e fé para ser salvo! Porque não viu Jesus como um profeta e sim como Deus. Foi esta a fé que o salvou.
Seja claro e objetivo. Nem tente usar máscaras em suas orações, o Senhor conhece suas particularidades e quer que você desfrute dessa intimidade com o Rei eterno.
Muitas vezes já ouvimos dizer que "a pior cegueira é a espiritual", e é verdade, pois este cego de Jericó testifica que era um cego fisicamente mas tinha excelente visão espiritual.
Este milagre aconteceu nos dias que antecediam aos preparativos da celebração da Páscoa, pois, todos os Judeus com idade superior a doze anos eram obrigados a estarem no Templo em Jerusalém para essa festa.
Pelo comportamento do cego Bartimeu, notamos o seu elevado entendimento espiritual, pois, assentou-se estrategicamente à beira do caminho, sabia exatamente quem por ali passaria e "ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
01. Quem tem visão espiritual reconhece a autoridade de Jesus
Bartimeu, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

Um comentário: